Diabetes Mellitus
Descrição geral:
A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica onde o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A Diabetes Mellitus tipo 1 se concentra entre 5 e 10% do total de pessoas acometidas pela doença, já a tipo 2, acomete cerca de 90% desses indivíduos. Ainda existem a Diabetes Gestacional, que gera mudanças no equilíbrio hormonal durante o período de gestação e a condição de pré-diabetes, onde o grupo de alto risco concentra obesos e hipertensos. Com relação ao diagnóstico de DM, um exame de sangue, com uma gota somente e três minutos de espera, pode revelar se o indivíduo tem ou não a doença, se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja de valor considerável ,é necessária a realização de outros exames para a confirmação diagnóstica como, por exemplo, o teste oral de tolerância à glicose (ou Curva Glicêmica), feito em diversas etapas com coleta de amostras de sangue em tepos determinados, usualmente de 30 aem30 minutos Os resultados são dispostos em um gráfico e permitem o diagnóstico mais preciso.
Sinais e sintomas:
A DM tipo 1 e 2 geralmente apresentam os seguintes sinais e sintomas: - Urinar frequentemente;- Sede anormal e boca seca;- Perda de energia e fadiga;- Fome constante e em excesso;- Perda de peso repentina;- Visão desfocada. Além desses sintomas, os indivíduos com DM tipo 2 ainda podem apresentar dormência e formigueiro nas mãos e pés, cicatrização lenta de feridas e infeções recorrentes.
Orientações e cuidados:
Uma das coisas mais importantes quando há o diagnóstico de DM é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar futuras complicações. A medição pode ser feita por meio de monitor de glicemia ou bombas de insulina. Os dois tipos de aparelho devem ser adquiridos e usados com orientação da equipede saúde. A medição, ao longo do tempo, se torna algo natural na vida do indivíduo que possui DM. É de extrema importância seguir orientações médicas passadas para que a medição seja realizada nos horários corretos e situações e frequência ideal. O registro desses dados possibilita perceber claramente a interação entre as medicações tomadas e o estilo de vida adotado após o diagnóstico da doença. Com relação a valores de normalidade, a glicemia normal em jejum não deverá ultrapassar os 100 mg/dL e duas horas após uma refeição, a glicemia não deverá ultrapassar 140 mg/dL. Compartilhar possíveis dúvidas com amigos e parentes de confiança pode revelar pessoas dispostas a fornecer apoio para a mudanças no estilo de vida que o indivíduo deve fazer. Há ainda várias associações que ajudam com a troca de experiências e informações importantes sobre o uso de monitores de glicemia e bombas de insulina. Também é importante comunicar a escola, o plano de saúde e a empresa onde o indivíduo trabalha para no caso de haver qualquer complicação, essas instituições estarão orientadas a ajudar e encaminhar para o atendimento correto. Por fim, todas as pessoas, tendo ou não diabetes, devem ter uma alimentação saudável, regulando a quantidade de doces e gordura ingeridos, ajudando a manter o peso saudável e praticar exercícios físicos regularmente, o que auxilia a baixar as taxas de glicemia, pois quando há o gasto de energia, o organismo usa o açúcar do sangue em velocidade maior. A prática de esportes e exercícios físicos deve ser feita sob orientação de equipe multidisciplinar de saúde e caso o indivíduo não esteja se exercitando, mas deseje começar, deve consultsr um médico antes. Uma dica interessante é que a atividade física a ser praticada não precisa ser na academia, ela pode ser caminhadas e andar de bicicleta, por exemplo. Meia hora de atividade moderada cerca de três vezes por semana é um bom início. Por fim, para os indivíduos que são fumantes, o ideal é parar de fumar, pois o tabagismo acelera os problemas associados ao desenvolvimento da DM, diminuindo o flixo sanguíneo e a oxigenação das células.
Relação com a COVID-19:
As pessoas com diabetes e /ou outras condições crônicas têm maior propensão a experimentar sintomas de COVID-19 de maior gravidade. Esses indivíduos podem evoluir para a necessidade de internação hospitalasr e intervenção intensiva. Segundo dados recentes, dos casos de COVID-19 %% serão críticos ou graves e há maiores riscos associados à idade dos indivíduos (principalmente acima de 70 anos) e àqueles que possuem cardiopatias, diabetes e/ou doenças respiratórias. As pessoas com diabetes, além dos sintomas respiratórios esperados de COVID-19, também correm maior risco de sofrer descompensação metabólica enquanto tentam autogerenciar o diabetes em casa.
Referências:
IDF Diabetes Atlas (8th Ed.) (2017). International Diabetes Federation: Bruxelas, Bélgica. Acesso à versão online a 5 de maio de 2018 @ http://diabetesatlas.org/IDF_Diabetes_Atlas_8e_interactive_EN/American Diabetes Association. (ADA) Standards of Medical Care in Diabetes–2018. Diabetes Care 2018; 41, Suppl. 1. Acesso à versão online a 6 de maio de 2018 @ http://care.diabetesjournals.org/content/diacare/suppl/2017/12/08/41.Supplement_1.DC1/DC_41_S1_Combined.pdf. JBDS-IP (2020) Diabetes at the Front Door. A guideline for dealing with glucose related emergencies at the time of acute hospital admission from the Joint British Diabetes Society (JBDS) for Inpatient Care Group. Available at: https://abcd. care/resource/diabetes-front-door Wu Z, McGoogan JM (2020) Characteristics of and important lessons from the coronavirus disease 2019 (COVID-19) outbreak in China: summary of a report of 72 314 cases from the Chinese Center for Disease Control and Prevention. JAMA 24 Feb [Epub ahead of print]. https://doi.org/10.1001/jama.2020.2648