Saúde Ativa

Desnutrição

Descrição geral: 

A desnutrição ocorre quando o corpo por algum motivo não recebe calorias, proteínas e nutrientes suficientes e suas causas incluem uma dieta não balanceada, falta de acesso a água potável e alimentos saudáveis, problemas digestivos e outras doenças associadas. O tratamento deve contemplar condições subjacentes e substituir os nutrientes perdidos. Em crianças menores a desnutrição pode levar a um crescimento atrofiado, atraso no desenvolvimento geral e mais doenças associadas ao deficit de função imunológica. A desnutrição também pode ser resultado de um distúrbio alimentar e ainda por falência de órgãos, infecção grave ou traumas físicos, estando frequentemente presente na população idosa, especialmente aqueles indivíduos acometidos por demências. Além disso, a existência de problemas dentários, a perda de apetite e o declínio funcional são fatores que contribuem para a desnutrição entre as pessoas dessa faixa etária. A desnutrição pode levar ao surgimento de outras doenças, como anemia, na falta de ferro, hipotireoidismo, na deficiência de iodo ou xeroftalmia, na redução de vitamina A, por exemplo. Por isso, as pessoas devem ter uma alimentação balanceada e um estilo de vida saudável para evitar a desnutrição. O diagnóstico da doença é realizado quando comparados o peso e a altura padrão de uma dada população ou pela medição da circunferência da parte superior do braço de uma criança por um bracelete, chamado MUAC.

Sinais e sintomas:

Os sintomas mais comuns da desnutrição são fadiga e cansaço excessivo, tontura, perda de peso, dificuldade de concentração, diminuição de temperatura corporal, apatia ou irritabilidade, diarreia frequente e, em casos mais graves de desnutrição há ainda o enfraquecimento do sistema imune, resultando em infecções frequentes. 

Orientações e cuidados:

O tratamento para desnutrição é feito com o aumento gradual da quantidade de calorias ingeridas (cerca de 6 a 12 refeições por dia, com pouca quantidade de alimento), evitando surgimento de alterações intestinais, como a diarreia. O número de refeições é diminuído, conforme o avanço do tratamento, enquanto as quantidades de comida por refeição são aumentadas.  Dietas ou suplementos líquidos podem ser utilizados como complemento alimentar para garantir os nutrientes necessários. Nos casos mais graves, pode ser necessário internação hospitalar para que o paciente seja alimentado com nutrientes diretamente na veia ou através de sonda gástrica. Em alguns desses casos as pessoas desnutridas também recebem medicamentos para aumentar o apetite, como o dronabinol ou o megestrol, ou medicamentos para aumentar a massa muscular, como o hormônio de crescimento ou um esteroide anabolizante (por exemplo, nandrolona ou testosterona).

Relação com a COVID-19: 

Pessoas com desnutrição e queda na imunidade apresentam um fator de risco para qualquer infecção, principalmente para infecções por COVID-19. Se observa também que pessoas que são infectadas pelo novo coronavírus, mesmo estando nutridas, passa por momento críticos no decorrer do desenvolvimento da doença e por diversas razões clínicas chega a um estado de queda de imunidade e possível desnutrição, pois já não se alimenta de forma ideal. Com a imunidade mais baixa, o organismo tende a ficar mais fraco e a resposta ao tratamento da doença fica mais lento e reduzido. No caso da COVID-19, esse cenário aumenta o tempo de internação hospitalar do paciente, pois a melhora no quadro clinico acontece de maneira muito lenta.

Referências: 

https://portalhospitaisbrasil.com.br/quadro-de-desnutricao-pode-aumentar-tempo-de-internacao-e-comprometer-evolucao-do-paciente-com-covid-19/. https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2021/03/25/interna_bem_viver,1250499/covid-19-desnutricao-tem-impacto-no-tempo-de-internacao-de-pacientes.shtml. Ministério da saúde <http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/depressao>.