Saúde Ativa

Bronquite

Descrição geral:

Designa-se pela inflamação dos brônquios. Existem três tipos de bronquite, a aguda, geralmente causada por vírus ou bactérias e pode durar vários dias e até semanas, a bronquite crónica com duração de anos, e que não é, necessariamente, causada por uma infecção e a bronquite alérgica, desencadeada pelo contato direto com alguma substância capaz de causar alergia, como o cigarro e outros poluentes animais. As bronquites podem ser identificadas a partir da análise dos sintomas do paciente, histórico e ausculta (uso do estetoscópio para ouvir o coração e a respiração) e a oximetria, para checar os níveis de oxigenação. O médico também pode solicitar exames de imagem, como a radiografia de tórax ou tomografia, além da cultura de escarro. 

Sinais e sintomas:

Os sintomas da bronquite incluem tosse com muco espesso e falta de ar. Além disso, pode também haver tosse (com catarro, seca, crônica ou leve), calafrios e fadiga, febre, infecções respiratórias, coriza, pressão no peito e dificuldade para dormir. 

Orientações e cuidados:

O tratamento da bronquite pode ser feito por meio do uso de medicamentos como antibióticos (no caso de uma infecção bacteriana) e broncodilatadores (no caso de infecção por vírus). Também pode ser realizada inalação com soro fisiológico e a constante hidratação das narinas. Remédios complementares, que tratam dos sintomas da bronquite, como a coriza e a febre, também são recomendados. Uma dica importante para quem é acometido pela bronquite infecciosa é ficar em repouso e consumir muito líquido. Além disso, deve se eliminar do ambiente substâncias irritantes, como a fumaça do cigarro. Vaporizadores ou umidificadores de ar também podem ser úteis. Já para as bronquites crônicas deve-se praticar atividade física com orientação específica para o paciente a fim de melhorar a falta de ar e a fadiga. Programas de reabilitação pulmonar também podem auxiliar pacientes mais graves a manter a rotina diária e a manejar as crises de falta de ar. A oxigenoterapia, ou seja, o uso de oxigênio durante algumas horas ao dia, é indicada em casos específicos de doença grave. Outra dica importante é levar o paciente a uma unidade de pronto atendimento sempre que apresentar dificuldades para respirar, especialmente se os lábios ou unhas ficarem azulados. No caso da bronquite crônica, é importante que a família e/ou cuidador do paciente também sejam orientados para ajudar nas tarefas diárias e para saber como agir quando os sintomas se agravam. 

Relação com a COVID-19: 

Segundo a literatura, com relação a infecção pelo novo Coronavírus, alguns grupos precisam de uma atenção especial, como os idosos, pacientes com  problemas cardiovasculares e pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite crônica e enfisema pulmonar. Quem tem uma doença  que afeta diretamente o sistema respiratório tem o mesmo risco que a população em geral de contrair a infecção causada pelo novo coronavírus. No entanto, diferentemente da maioria das pessoas, esse grupo tem maior chance de desenvolver uma forma mais grave da doença. Em alguns casos, o paciente poderá precisar de internação para receber os cuidados necessários. Recomendações importantes a serem seguidas é a lavagem e higienização  das mãos com mais frequência com água e sabão, evitar tocar o rosto, evitar aglomerações e contato próximo e ambientes fechados por mais de 15 minutos com outras pessoas, que devem estar distantes cerca de 2 metros. Caso haja qualquer pessoa sintomática em casa, ela deve usar máscara enquanto estiver no período de isolamento. Essas pessoas também devem evitar sair de casa - ainda há a sensação de segurança em sair para lugares abertos, mas deve-se levar em conta que estruturas onde levamos as mãos como botões de elevador, maçanetas de portas e portões podem estar contaninadas. 

Referências: 

SPAIC - GUIA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DOENÇAS ALÉRGICAS E COVID-19 – (https://www.spaic.pt/noticias/covid19 )Ministério da Saúde (saude.gov.br/saude-de-a-z)